segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tétano

Tétano
Tetanus
Henrique Rosa Altíssimo

Abstract:

Thes disease is most common in horses but may also occur in lambs castrated in áreas contaminated with spores of Clostridium tetani. Infected horses initialli show signs of colic and muscle stiffness involving muscle groups of the lips, nostrils ears, jaw, and tait.

Key Words: Clostridium tetani, neuritoxin, spasms.

Resumo:

Esta enfermidade é muito comum em cavalos, mas ocorrem em cordeiros castrados em áreas contaminadas com esporos do Clostridium tetani. Cavalos infectados inicialmente demonstram sinais de cólica, apresentam rigidez nos músculos, lábios, narinas, maxilares e cauda.

Palavras chave: Clostridium tetani, neurotoxina, espasmos.

Introdução:

Uma exotoxina, a tetanopasmina é produzida durante o crescimento do Clostridium tetani em condições anaeróbicas. O microrganismo forma esporos que podem persistir no solo por vários anos, sendo resistentes a maioria dos métodos de desinfecção padronizados, inclusive vapor quente a 100º por 20 minutos, mas podem ser destruídos pelo aquecimento 115º no mesmo tempo.
O tétano ocorre em todo mundo, sendo mais freqüente em áreas muito utilizadas para cultivo intensivo. Ocorre em todos os animais pecuários, sobre tudo na forma de casos individuais, esporádicos embora surtos sejam observados, ocasionalmente, em bovinos e suínos jovens, bem como em cordeiros após a realização de praticas de manejo traumatizantes.
Em ruminantes jovens a taxa de mortalidade é superior a 80%, mas a de recuperação é alta em bovinos adultos. Em eqüinos varia amplamente de uma área para outra. Em algumas áreas quase todos os animais morrem de forma aguda, em quanto em outras, a taxa de mortalidade é próxima dos 50%. (RADOSTITS, 2002).
O C. tetani usualmente é presente nas fezes dos animais, especialmente dos eqüinos, e no solo contaminado por essas fezes. Levantamentos realizados em diferentes regiões do mundo apontam sua presença em 30 a 40% das amostras de solo. (POPOFF, 1995). O periodo de resistência do microrganismo no solo, varia bastante de solo para solo.

Transmissão:

A porta de entrada é frequentemente uma ferida perfurante profunda, mas os esporos podem permanecer latentes nos tecidos por algum tempo e somente produzir doença clinica, quando as condições tissulares favorecem a sua proliferação.
Por esse motivo, costuma ser difícil determinar a porta de entrada. Feridas perfurantes dos cascos são locais comuns de penetração em eqüinos. Em bovinos, a porta de entrada mais freqüente, é a introdução no trato genital durante o momento do parto.
Uma alta incidência de tétano pode ocorrer em leitões jovens após a castração e em cordeiros após castração, tosquia, corte de cauda,vacinação ou injeção de medicamentos, especialmente os anti-helmínticos. O corte de cauda mediante o uso de fio de ligadura elástica, é tido como especialmente perigoso.
O tétano neonatal ocorre quando há infecção no cordão umbilical em associação a condições higiênicas precárias ao parto.
Surtos de “tétano idiopático”, ocorrem eventualmente, em bovinos jovens sem evidencia de uma ferida aparente associando-se frequentemente ao consumo de alimentos grosseiros, fibrosos, sendo provável que haja produção de toxinas em feridas na boca ou no trato gastrintestinal, ou ainda elas sejam ingeridas pré-formadas nos alimentos.
A proliferação no rumem pode resultar em produção de toxina.

Sinais Clínicos:

O período de incubação do tétano é variável e depende das dimensões da ferida, do potencial de oxidação, redução no tecido contaminado, do número de bactérias inoculadas e do título de antitoxina do hospedeiro. Em animais mais suscetíveis, os sinais ocorrem entre 2 semanas a 1 mês após a inoculação bacteriana. Durante as primeiras 24 horas, os eqüinos podem desenvolver cólica intratável e os ruminantes podem apresentar timpanismo. (HOYT, 1963). Os primeiros sinais em alguns animais podem ser rigidez e claudicação vaga do membro afetado, que estão relacionados ao efeito local da toxina absorvida. (Tétano localizado). Habitualmente espasticidade generalizada é evidenciada em aproximadamente 24 horas. Os animais acometidos apresentam deambulação rígida e uma postura de extensão da cabeça. A hipertonia é mais evidente nos músculos antigravitacionais. (SMITH, 2006).
Os sintomas são mais ou menos semelhantes em todos os animais. Após um período de incubação que varia entre uma semana e alguns meses na dependência da instalação, da condição predisponente a infecção, como acidentes traumáticos, partos distócicos, castrações, feridas cirúrgicas, umbigos infeccionados etc; observa-se um estado de rigidez muscular geral acompanhado por tremores. A marcha é rígida devido a dificuldade de flexão das articulações, as orelhas permanecem eretas ou cruzadas (orelhas em tesoura), membranas nictitantes ficam protrusas em espasmo tetânico, “tremendo” quando o animal é estimulado.
O animal pode continuar a comer e beber nos estágios iniciais, mas a apreensão dos alimentos é logo dificultada pela tetania dos músculos masseteres, dando ao animal uma expressão bucal característica.
Com o progredir da doença a marcha pode estar impedida devido a rigidez dos músculos e o cavalo adota uma postura de “cavalete” ou “cavalo de pau”, mantendo os membros estirados e abertos para possibilitar uma base de apoio ampla e facilitar a respiração. A cauda estará erguida e desviada para um dos lados (cauda em bandeira) e, nesta faze, o animal reage violentamente, com hiper-reflexia, ao ruído, a luz solar ou tocando-se ou batendo-se levemente no focinho, logo abaixo dos olhos.
Quando forcado a locomover-se o animal pode cair mantendo a posição espastica dos membros, podem ocorrer convulsões e opistótono, o suor pode ser profuso e a temperatura extremamente elevada (42º) na faze inicial.
A morte ocorre em cinco a sete dias em casos de evolução rápida e 15 a 20 dias nos de evolução lenta. A respiração é rápida e superficial, denotando grave acidose. (THOMASSIAN, 2005).

Tratamento:

Os seis princípios clínicos gerais para tratar o tétano em animais de grande porte são:
1 – Propiciar relaxamento muscular;
2 – Garantir piso de qualidade;
3 – Eliminar a infecção;
4 – Neutralizar a toxina livre;
5 – Manter a hidratação e o estado nutricional;
6 – Estabelecer imunidade antitóxica ativa.
O paciente deve ser sedado e colocado em uma baia tranqüila e escura. Administra-se fármacos que podem reduzir os espasmos musculares. Eles incluem acepromazina (0,5 a 1,0 mg/kg iv) ou acetilpromazina (0,05 a 0,1 mg/kg iv), administrados em intervalos de quatro a seis horas. O relaxamento muscular previsível pode ser obtido a baixo custo mediante injeção intravenosa concomitante de acetilpromazina (0,06 mg/kg) e pentobarbital sódico a 5% (2 a 4 ml./50kg).
Um cateter intravenoso pode ser aplicado para minimizar a estimulação acossiada ao tratamento. Esses medicamentos não apresentam uma eficácia terapêutica elevada contra o tétano. O diazepam (0,01 a 0,4 mg/kg iv 2 a 8 vezes ao dia) reduz eficazmente os espasmos musculares em animais de grande porte por que eleva a concentração de GABA, mas a administração prolongada desse fármaco é dispendiosa, pois esse permanece pouco tempo no plasma e SNC. O tamponamento dos condutos auditivos com algodão, visando minimizar a estimulação auditiva, também pode auxiliar na redução dos espasmos musculares.
Garantir piso de boa qualidade é imprescindível, pois os animais tetânicos encontram dificuldades para se erguerem, devido aos espasmos e ao tônus muscular aumentados. A baia deve receber camada profunda de serragem ou palha, para que seja minimizada a ocorrência de ulceras de decúbito. Os eqüinos que não forem capazes de se levantar e manter-se em estação devem ser erguidos e sustentados por um aparelho suspensor, desde que eles não fiquem nervosos quando estão sendo suspensos. (SMITH, 2006).
Eliminar a infecção. O C. tetani se multiplica em locais avascularizados e por essa razão a infecção é eliminada mais eficientemente pelo desbridamento cirúrgico da área acometida. A infiltração concomitante de penicilina G ao redor da ferida e a administração parenteral de penicilina G potássica (22.000 UI/kg 3 a 4 vezes ao dia), ou de penicilina G procaína (22.000 UI/kg 2 vezes ao dia) também pode ser benéfico.
Neutralizar a toxina livre antes que a toxina tetânica se ligue a célula nervosa, ela é suscetível a neutralização com antitoxina. Embora a administração de antitoxina em animais alguns dias após o ataque dos sinais clínicos seja aparentemente pouco benéfica para eqüinos. (HAHN, 2000). Os limitados benefícios terapêuticos de antitoxina administrada por via intravenosa devem ser contrapostos ao custo do produto biológico, aos potenciais efeitos colaterais de necrose hepática ou anafilaxia e ao valor econômico do animal. (SMITH, 2006).
Manter a hidratação e o estado nutricional. A hidratação e a ingestão de alimentos do paciente deve ser controlada diariamente. O alimento deve ser colocado acima do piso em comedouro ou gradil de feno, elevado de modo que permita acesso mais fácil. Líquidos intravenosos devem ser administrados conforme a necessidade para a correção de desidratação e desequilíbrios eletrolíticos.

Prevenção:

Como os bovinos são aparentemente mais resistentes ao tétano que os eqüinos e os pequenos ruminantes, aqueles animais não são habitualmente imunizados contra a doença, exceto se ocorram surtos anteriores os anticorpos colostrais podem interferir na imunização ativa de neonatos. Um relato indicou que a maioria dos potros de éguas imunizadas (82,9%) perdeu os anticorpos antitóxicos específicos adquiridos passivamente por volta dos quatro meses de vida. Contudo outros estudos sugeriram que a imunidade passiva pode manter-se por até 6 a 12 meses de vida.
Para que sejam asseguradas concentrações protetoras de anticorpos colostrais, as éguas, cabras, ou ovelhas devem receber uma dose de reforço anual do toxóide administrada 1 a 2 meses antes da data provável do parto.
Pode-se realizar quando em cirurgia ou acidente traumático, a qualquer tempo mais uma dose de reforço para estimulação da memória imunológica do animal. O toxóide geralmente é injetado por via subcutânea, porém a injeção intramuscular produz menos reação inflamatória local. (THOMASSIAN, 2005).

Conclusão:

O Clostridium tetani é encontrado em todo mundo, mas é mais comum em regiões de terras férteis de cultura com exploração animal, apesar de habitar o solo, o bacilo também é encontrado abundantemente nas fezes dos animais.
Por ser um germe capaz de formar esporos, ele é muito resistente aos meios rotineiros de desinfecção podendo sobreviver no solo por muitos anos.
A taxa de mortalidade pode chegar a 50% em bovinos e 80% em eqüinos. A velocidade de progressão dos sinais clínicos esta indiretamente relacionado ao prognóstico. Os animais que sobrevivem por mais de sete dias apresentam possibilidades moderadas a boas de recuperação completa.

Referencias Bibliográficas:

RADOSTITS, O.M. et. al. – Clinica Veterinária. Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos e Eqüinos. 9ªED. Rio de Janeiro – Guanabara Koogan, 2000. p. 667, 668.
SMITH, BRADFORD, P. – Medicina Interna de Grandes Animais. 3ºED. Barueri, SP: Manole 2006, p. 997.
THOMASIAN, ARMEN – Enfermidades dos Cavalos. 4ªED. São Paulo: Livraria Varela, 2005. p. 475.
HAHN, C.N., MAYHEW, I.G. MCITAYR: - The Nervous System in Calahan. PT et. al., eds Equine Medicine and Surger y ed. 5 – St. Louis, 2000, Mosby.
HOYT, H. – Tetanus Treatment and prophylaxis. An Assoc. Equine Pract. – p. 261, 265.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Em novembro de 2009 foi aprovada nos Estados Unidos a primeira vacina comercial para tratamento do melanoma oral em cães (ONCEPT®, Merial Saúde Animal). Este produto comprovou sua eficácia ao aumentar o período de sobrevivência de cães com melanoma oral em associação aos tratamentos convencionais.

O melanoma oral é um importante tipo de câncer que afeta milhares de cães anualmente. Ele representa cerca de 4% de todos os neoplasmas malignos em cães, sendo ainda o tumor oral mais frequente no cão. Pode ser observado também no leito ungueal, coxins e junções mucocutâneas.
Por Leonardo P. Brandão, MV, MSc, PhD
Gerente de Produtos Animais de Companhia
Merial Saúde Animal
Leia mais no site: www.merial.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pneumonia

Pneumonia é uma inflamação dos bronquíolos. Clinicamente manifesta-se por um aumento na freqüência respiratória, tosse e sons respiratórios anormais na auscultação. Segundo a etiologia, as pneumonias podem ser infecciosas, metastáticas, traumáticas, por corpos estranhos e parasitárias. As pneumonias infecciosas primárias, que ocorrem em bezerros, podem ser causadas por vírus ou bactérias dos gêneros Pasteurella e Klebisiella, principalmente. O mucoplasma também pode ser um importante agente causador de pneumonia em bovinos. As pneumonias por metástases ocorrem quando os bezerros têm uma lesão primária em determinado local do organismo (como diarréia, onfaloflebite, etc). Com a evolução deste processo, há a invasão da corrente sangüínea por bactérias, as quais vão se fixar nos pulmões, causando pneumonia. Por isso é comum nos casos de diarréia ocorrer também o comprometimento pulmonar, ocasionando o quadro de pneumoenterite. A administração de medicamentos por via oral, bem como a ingestão forçada de leite, pode provocar falsa via levando também ao aparecimento de pneumonia por corpos estranhos. Os principais sintomas da pneumonia são a respiração rápida e superficial, tosse, cianose quando atinge regiões extensas, diminuição do apetite ou inapetência, febre, lacrimejamento, tristeza e abatimento. A descarga nasal pode ou não estar presente. O tratamento é feito através da administração de antibióticos de amplo espectro (penicilina, tetraciclina, etc). No campo de verminose pulmonar, deve-se utilizar um anti-helmíntico específico. A profilaxia consiste em fornecer alimentação adequada, higiene, evitar estabulação comum de um grande número de animais, evitar instalações mal ventiladas e úmidas. Os animais doentes devem ser isolados.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Diarréia de Bezerros

A diarréia de bezerros é a principal causa de perdas econômicas nas principais três semanas de vida. As causas mais comuns são bactérias enteropatogênicas (Escherichia coli e Salmonella spp.), vírus, sucedâneos lácteos mal-formulados, superalimentação, falta de higiene e outras falhas de manejo. De acordo com o agente etiológico bacteriano da diarréia dos bezerros, duas denominações são possíveis: a) Colibacilose ou curso branco, quando provocada pela Escherichia coli; b) Salmonelose ou paratifo, quando provocada por bactérias do gênero Salmonella spp. Há uma forte tendência de ocorrer paratifo durante a segunda ou terceira semana de vida, mais do que na primeira semana, característica mais comum na Colibacilose. Os sintomas são fezes moles, fétidas, às vezes com estrias de sangue; febre na fase inicial, podendo ocorrer, posteriormente, hipotermia, inapetência, depre ssão, orelhas caídas, desidratação, emagrecimento rápido e traseiro sujo (cauda e região perineal). A diarréia pode provocar, por metástase, o aparecimento de pneumonia, formando um quadro denominado de pneumoenterite. O tratamento consiste em fornecer sulfas e antibióticos orais, soluções hidratantes e, em casos mais graves, medicação parenteral. A profilaxia é feita através de vacinação da mãe no final da gestação, fornecimento adequado de colostro e higiene.

domingo, 11 de outubro de 2009

DIARRÉIA DOS CORDEIROS

Uma série de organismos podem causar diarréia em cordeiros.A Colibacilose é causada por amostras patogênicas de Escherichia coli, possuidoras do antígeno K99 que favorece sua aderência à parede intestinal (ETEC). A doença ataca cordeiros de menos de uma semana que mostram diarréia, desidratação, fraqueza e mortalidade de 75%. O diagnóstico é feito pelo isolamento de E. coli (ETEC) em quantidades anormais (> 10 bact. formadoras de colônias/g fezes. A "Boca-D'água" é uma outra forma clínica de colibacilose que ataca cordeiros entre 12-72h de vida. Eles mostram depressão, boca fria e excesso de salivação. A doença ocorre em cordeiros que receberam doses insuficientes ou retardadas de colostro e ingeriram E. coli;. Esta se multiplica rapidamente no intestino. A motilidade intestinal reduzida em cordeiros recém-nascidos facilita a multiplicação desse organismo.
A Salmonelose causa enterite esporádica em cordeiros. Os surtos são associados com aborto, febre, diarréia e mortalidade alta. As espécies mais comuns são a S. dublin e S. typhimuriun. O diagnóstico está baseado na cultura de Salmonella do intestino, fígado e baço.
Rotavirus tem sido isolado em 25% de cordeiros com diarréia. O vírus, aparentemente, destrói as células das vilosidades do intestino, levando à atrofia e à diarréia por má absorção. A doença ataca cordeiros na primeira semana de vida e dura somente alguns dias. O diagnóstico é feito pela detecção do Rota-virus em teste de ELlSA nas fezes.
No tratamento das diarréias a antibióticoterapia tem pouco valor. Deve-se tomar cuidados como aquecer os cordeiros, repor a volemia por fluidoterapia e administração de protetor de mucosa . O controle inclui vacinação contra a Salmonelose, Colibacilose e Rotavirus, boa higiene nos potreiros de parição e desinfeção do umbigo dos cordeiros com iodo. Em casos de "Boca D'água", o tratamento inclui a administração oral de antibióticos (ampicilina, neomicina, trivetrin) e quando há retenção de mecônio, lavagem com óleo mineral e água morna. A prevenção é feita aumentando-se os cuidados com higiene, e a ingestão de colostro (materno ou artificial ProLam) nas primeiras 6h de vida do cordeiro.
Fonte: EMBRAPA CRIAÇÃO DE OVINOS

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

MAPA QUER ABRIR NOVOS MERCADOS PARA CARNE SUÍNA BRASILEIRA


Depois de as Filipinas comunicarem a abertura das importações de carne suína in natura de Santa Catarina, o governo brasileiro pretende obter sinal verde também da Coreia do Sul e do Japão. A partir da próxima segunda-feira (14), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reúnem com autoridades sanitárias e importadores das duas nações, com o propósito de verificar o andamento da análise de risco para o produto brasileiro.
As negociações com os japoneses já duram mais de dez anos e com os coreanos, cerca de cinco anos. Para o secretário-substituto de Relações Internacionais do Agronegócio, Lino Colsera, que lidera a delegação, os entendimentos avançam dentro da dinâmica que o comércio internacional permite e o Mapa já cumpriu os requisitos apresentados.“Já enviamos todas as informações solicitadas pelos governos dos dois países e, inclusive, formalizamos convite para que autoridades sanitárias enviem missão ao Brasil, com objetivo de habilitar estabelecimentos catarinenses de abate”, detalhou.
Santa Catarina é hoje o único estado que atende plenamente os requisitos da Coreia do Sul e do Japão para importar a carne suína in natura: tem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Durante a viagem ao continente asiático, a delegação do ministério também visitará as Filipinas, a fim de validar o Certificado Sanitário Internacional (CSI). O documento é necessário para finalizar a aprovação da exportação.
Novos mercados - Conquistar mercados inéditos e reabrir outros estão entre as prioridades do Ministério da Agricultura para este ano, conforme anunciado pelo ministro Reinhold Stephanes. No mês passado, autoridades da Indonésia aprovaram cinco frigoríficos brasileiros para exportação de carne bovina in natura. A China efetivou, em junho, as importações de carne de frango a partir de 24 estabelecimentos, após abertura do mercado de aves em novembro de 2008.
Os esforços vão além dos países da Ásia. Técnicos do Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em inglês) escolheram Santa Catarina como destino de missão que irá averiguar, em outubro, as garantias sanitárias e os procedimentos de certificação para a importação de carne suína do Brasil. Em junho deste ano, a Rússia voltou a importar o mesmo produto e, atualmente, cinco estabelecimentos catarinenses já estão habilitados.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

POR UMA QUESTÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL

Na noite de terça-feira 22/09, durante uma aula da cadeira de Deontologia e Ética ministrada pela Drª Erika Fonseca, discutiamos a respeito do Código de Ética do Médico Veterinário em que juntamente com a turma debatiamos dentro de seus artigos e parágrafos como deve proceder o profissional da área de saúde animal.
Foi uma aula muito interessante do meu ponto de vista pois além de ser uma cadeira importantíssima para nossa formação, ficamos sabendo como deve atuar o médico veterinário dentro dos parâmetros legais e das leis. Onde foi discutindo o Capitulo VII, Artigo 16, Parágrafo I o qual fala:
"Art. 16. Tomando por objetivo a preservação do sigilo profissional o médico veterinário não poderá:
I - Fazer referências a casos clínicos identificaveis, exibir pacientes ou suas fotografias em anuncios profissionais ou na DIVULGAÇÃO DE ASSUNTOS PROFISSIONAIS EM PROGRAMAS DE RÁDIO, TELEVISÃO, CINEMA, NA INTERNET, EM ARTIGOS, ENTREVISTAS, OU REPORTAGENS EM JORNAIS, REVISTAS E OUTRAS PUBLICAÇÕES LEGAIS..."
Foi então que levei ao conhecimento de minha professora da existência deste blog e de minha coluna quinzenal que possuo no jornal Correio Regional da cidade de Santiago.
A questão imposta pela minha mestra foi a seguinte: "Como você assina estas publicações e baseadas em que você as publica?"
Essa aula foi o máximo respondi que sempre assinei como Acadêmico do 8º semestre de medicina veterinária e nunca como médico veterinário pois ainda não estou formado; e que minhas publicações eram baseadas em artigos científicos ou publicações de profissionais renomados da área e tambem de conhecimentos adquiridos em sala de aula por diversas cadeiras pelas quais ja passei. Foi uma ótima aula pois além de aprender muito, fiquei muito feliz em saber que não estou fazendo nada ilegal.
Meu muito obrigado a Prof. Drª Erika Fonseca pela excelente aula ministrada.